Puxado por aumento de veiculos 0 km seguros sobem até 80% em um ano

27/07/2022 11:06

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Motoristas, assim como os motociclistas que fizeram um seguro novo de veículos ou renovaram a apólice estão assustados com os  valores cobrados pelas seguradoras nesse começo de 2022. É que os seguros tiveram aumentos de até 80% nos valores das coberturas entre março de 2021 e março deste ano.

Levantamento mostra que que entre os 10 carros mais vendidos no país, caso do Jeep Renegade por exemplo,o aumento pode chegar a até 60%. Contudo, corretores que preferem o anonimato afirmam que alguns modelos tiveram aumento de até 80% em doze meses sem que houvesse nenhuma alteração no perfil do condutor.

Houve uma forte queda no índice de furtos e roubos de veículos entre março de 2020 e março de 2021 - muito devido ao fato da reduçao de veículos na ruas em consequência das pessoas permanecerem em casa devido ao isolamento social provocada pela pandemia. Já se registrava uma queda no número de veículos roubados no últimos cinco anos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, mas em função da Covid-19 o números despencaram mais ainda.

Foram roubados 12.731 veículos e furtados 26.950 veículos em março de 2021 e nos 12 meses anteriores. Esta foi  a taxa mais baixa registrada na última década, no caso dos furtos a taxa foi 70% menor que no ano anterior.  Após um ano, a taxa de furto já ultrapassa os 35.000, o que fez o cálculos das  companhias de seguro serem revistas.

O aumento de veículos circulando nas ruas fez com que o número de sinistros aumentassem e consequentemente  aumentasse também os custos para as seguradoras, que tiveram que desembolsar mais dinheiro para que as indenizações  fossem pagas, e esse custo acaba sendo repassado para os consumidores.

Alguns números indicam que o maior causador dos aumentos dos preços não é o aumento dos furtos, que voltaram a crescer após o "fim da pandamia", observado em grande parte do país, e sim os roubos, apesar destes estarem próximos do menor patamar da década. Foram registrados mais de 21.000 roubos entre 2019 e 2020, enquanto 13.519 veículos foram roubados entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022.

Nos últimos meses, a China não conseguiu atender à demanda por autopeças, especialmente chips automotivos,  principalmente devido à escassez de semicondutores no mercado mundial – também resultado da pandemia e do  fechamento de fábricas para atender às necessidades médico-hospitalares.  Como resultado, os preços dos carros novos em todo o mundo têm aumentado.  No país, isso acaba se refletindo na inflação de carros usados.

Os aumentos nos custos, segundo as seguradoras, se justificam porque alguns veículos usados tiveram um aumento de até 35%  em seus valores em relação ao ano passado, acrescente a isso  ao aumento dos sinistros dos furtos e roubos, mas  principalmente o aumento dos acidentes.

Cerca de 15% da frota, ou mais de 13 milhões de motocicletas, carros e veículos pesados, é segurada, segundo o presidente do sindicato dos corretores de seguros de SP(Sincor-SP), Alexander Fiori. Destes, 40% utilizam algum serviço assistencial mensalmente. “O maior custo repassado vem de acidentes graves, que causam prejuízos totais, até vítimas”, afirmou. De 2020 a 2021, os acidentes fatais aumentaram de 20% a 30% em todo o país.

O aumento do valor cobrado reflete um aumento de 21% na arrecadação das seguradoras nos dois primeiros meses de 2022: elas receberam um total de 6,7 bilhões de reais, ante 5,3 bilhões de reais no mesmo período do ano passado. O valor total das indenizações pagas aumentou 34,5% para um total de 4,6 bilhões de reais. De acordo com a Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais), o seguro de veículos representa atualmente cerca de 43% de toda a receita das empresas no segmento de danos e responsabilidade civil.

O futuro próximo não é animador para o presidente do Sincor. Ele alerta para novos aumentos nos próximos meses: "O diesel continua subindo, então frete pós-acidente, reboque, custos de transporte de passageiros pós aciedente... isso é uma bola de neve que não vai parar tão cedo", avisa. O combustível cresceu em média 49% ao longo de 2021.

Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/

 

 

 

 

 

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